Ó, dúvida cruel.
Ter ou não ter, eis a questão!
Que tantas heresias pode cometer a humanidade contra si mesma
Que até mesmo o mais bondoso homem não se compadeça
Nem se enterneça com a vontade do próximo
De se assemelhar por quem se reconheça?
Tentações individuais num mundo moderno
Da divulgação mesquinha da vida alheia
Da intromissão rasteira na identidade verdadeira
De quem não se conforma com as regras impostas
Depois de séculos, agora há permissão para nascer
Apesar da dificuldade para viver
E de tantas heresias para cometer
Ó! Não quero acordar depois que o carnaval acabar
Quando todas as fantasias voltam para o armário
E as máscaras, para suas caras habituais
Ah, Laerte, um gênio!
sábado, 26 de janeiro de 2013
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