sábado, 21 de julho de 2007

Sensações

Tropeçando
"Ao caminhar do leve vento
Sinto passar de repente
Aquela mensagem na mente:
A sensação do momento

Enquanto não há mais tomento
Me entrego lentamente
Ao seio dormente
Do qual começa o firmamento

Mesmo saindo do relento
Sinto-me fumaça golfante
Em suma, enojante

E tu cresces vendo o semblante
Daquele que vê o céu transpirante
Nunca deixando de ir adiante"

É, mesmo sentindo-se nada, é possível SER algo bom sempre.

Erro interno
"Ainda que o mundo por nós rodeado
Fique assim abismado
Por tal blasfêmia por nós cometida
Ainda seremos a flor mais querida

Mesmo que que tu esteja acabado
Por tudo estar errado
Veremos a Margarida
Sentindo e sendo sentida

É, amigo, não fique magoado
Ela não quer o mal semeado
Ela apenas sente que fizeste algo

Por isso olhe a lua
Diga-me então que não está nua
Esta tua vergonha descabida"

Desculpe se errei.

Ode ao tempo
"Era o tempo correndo aflito
Cumprindo seu compromisso
Nunca sendo omisso
Assoviando sempre seu apito

Ao silvo do maquiavélico apito
Vejo aquilo quebradiço
Mesmo sendo ouro maciço
Entendendo que o valor é maldito

Mas cuidado! Toma conta do que é teu
Por que o tempo não pára
Ele segue sempre o destino

Ao passo marcado, o desatino
Os passos soltam ruídos, Clara,
E o tempo não sabe que você o esqueceu"

É o tempo.

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