Tropeçando
Sinto passar de repente
Aquela mensagem na mente:
A sensação do momento
Enquanto não há mais tomento
Me entrego lentamente
Ao seio dormente
Do qual começa o firmamento
Mesmo saindo do relento
Sinto-me fumaça golfante
Em suma, enojante
E tu cresces vendo o semblante
Daquele que vê o céu transpirante
Nunca deixando de ir adiante"
É, mesmo sentindo-se nada, é possível SER algo bom sempre.
Erro interno
Fique assim abismado
Por tal blasfêmia por nós cometida
Ainda seremos a flor mais querida
Mesmo que que tu esteja acabado
Por tudo estar errado
Veremos a Margarida
Sentindo e sendo sentida
É, amigo, não fique magoado
Ela não quer o mal semeado
Ela apenas sente que fizeste algo
Por isso olhe a lua
Diga-me então que não está nua
Esta tua vergonha descabida"
Desculpe se errei.
Ode ao tempo
Cumprindo seu compromisso
Nunca sendo omisso
Assoviando sempre seu apito
Ao silvo do maquiavélico apito
Vejo aquilo quebradiço
Mesmo sendo ouro maciço
Entendendo que o valor é maldito
Mas cuidado! Toma conta do que é teu
Por que o tempo não pára
Ele segue sempre o destino
Ao passo marcado, o desatino
Os passos soltam ruídos, Clara,
E o tempo não sabe que você o esqueceu"
É o tempo.
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