domingo, 21 de outubro de 2007

Re-apresentação

Desculpem a demora na divulgação dos escritos, há muito em papel, além da dedicação a prosa em conto-crônica que aparecerá aqui dia primeiro.


Sentidos

Ouve-se um tiro.
A morte.
Vem nos buscar concreta.

Quando se corre para um lado,
O outro não fica vazio,
Fica apenas com o sentimento e o ruído.

Se, para ler uma propaganda,
Fosse necessária inteligência,
Não teríamos o imperativo
E sim o explicativo.

Até os pontos finais não são meus.
Nem tanto os versos os possuem.
Os pontos finais apenas estão
E eles terminam cada oração.
Eles matam, não se escuta-os,
não se divulgam.
Eles são empregados (modernos).

*Eu sei que a forma erudita seria "não se os escuta", todavia, ninguém fala assim.
Eu tentei fazer qualquer crítica apenas.



Caminho
Não me importo se souber
O dia não pode crer
Ninguém deve saber
Que o sol já vai nascer

Os erros vão se matar
As vidas vão transbordar
Os pedidos vão mandar
Os caminhos vão caminhar

No meio da caminho tinha uma pedra
No meio da pedra tinha um caminho
Saber e crer que o caminho vai nascer
As vidas eram os caminhos perdidos
E os pedidos transbordaram da queda

Acabou.
Finite. Matar o sol não importa
Mas ninguém deve saber.

Uma simples paródia sem sentido.


Ao vencer

Caminhava a passos largos
Sorria para todos
Via os lindos louros
Da vitória, nossos magos.

Da magia se fez a imaginação
Que percorre os sentidos
Ludibria a razão
E escolhe os caminhos

Peça teus desejos
Que os deuses com poder
Atenderão tuas loucas necesidades

Todavia, não deixa tuas vaidades
Fazerem algo morrer:
Amor, dinheiro, medos.

Finalmente, algo com sentido, apesar da simples forma.

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