sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Postulação


Para começar, minha primeira poesia concretista.

Um tanto desregulada a produção dessas duas semanas. E aí vai:

Poetiza

Dá sentidos e medos
Dá ouvidos e amor
Dá a muitos o que é de poucos

Torna um gesto numa escultura d palavras
Entede o concreto e o subjetiva
Lê o subjetivo e se emociona

Um poeta realiza tudo isso
e pensa,
Vive sua vida

É por essas e outras
que o poeta é um fingidor em pessoa
pois faz tudo isso na língua dos homens
para uma legião de animais.

Sobre 19/10, dia do poeta.


Despedida

No infinito as coisas se encontram
Do passado alimentamos nossas almas
Deste presente vivemos

Fica marcada minha presença
Erros, experiência e acertos
Fazem, da memória
A glória de que vivemos

Ficam marcados vocês
Dentro do coração e da mente
Irrelutavelmete raros
Colegas, amigos bárbaros

Nosso presente foi a convivência
E dela fizemos nosso pedestal
Onde ficamos no lugar principal

Viva!(Palmas soam)
Não há de que estarmos tristes
Nossa nostalgia é a vitória de que vivemos!

Nota: Obrigado por tudo.

São meus amigos e sabem que são.


Alquimia

Casa, casamento, apartamento
Aparece, deseparece o meu tormento
Cresce com ligas meu vento
que sopro em tua direção

Até o ar toca tua face lívida
O prazer é a vida
Pede e faz com o dia
o sol, a terra com água limpa

Teu sabor é meu acalento.

Sóbrio.

Linhas tortas

Cresce rápida a ficha
Tal qual tua experiência
Preenche pré-requisitos
Busca por sapiência

Há dentro de mim uma richa
E com ela te quero ciência;
Se não, emoção

É a crença simples da cria
Que vejo em teu coração
Faço-te imagem santa
E venero-te com devoção

Lindo busto, visto por olhos
que trasparecem a criação
Do meu eu eterno, esta canção!

...


Luz

Defino o trato:
De fino o trato
Que dou ao ouro dos teu olhos
Ficam (trans)lúcidos

Faço do meu carvão
Teu diamante

O calor do laboro
Fez amantes

É a luz que vem dos teu olhos de ouro
Que fecunda a minha imaginação

¬¬

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