quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Não deve ser hora

Ora, para quê escrever?
Ora, para quê ler?
Se tudo passa tão depressa
Não deve ser hora de se ater a detalhes

Ora, para quê crer?
Ora, para quê fingir?
Se tudo o que fazemos está fadado a morte
Então não deve ser hora de se ater a faces

Se, para montar,
É necessária coragem
Não deve ser hora de enfrentar leões

Se, para viver,
É necessária vida
Não deve ser hora de amar

Começando novamente.

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