domingo, 30 de março de 2008

Hoje não há poesia

Hoje não há poesia.
Não há rima, nem movimentos bonitos desnecessários.
Hoje só tem velharia e mentira.
Hoje, caro amigo, nem eu nem você, ninguém vai mudar.
Hoje não temos nada.
Hoje não há amor, ou qualquer sentimento.
Hoje só resta o instinto. Não resta arte nem cultura.

Só nos resta o tempo, para que este hoje vire ontem, e que o amanhã seja diferente de hoje.
Minha esperança só vai ser destruída por mim mesmo.

Pensem.

domingo, 16 de março de 2008

Escolhas

Eu ou eles?
Por que sempre ela?
Essa repetição já dura um ano;
E ela sequer imagina.
Ó Deus! Proteja seus sentimentos,
porque meus lamentos não são mais audíveis.

Nem um olhar ganho.
Será que não se passa nada em sua cabeça?
Ó Deus! Proteja-a!
Sem seus olhos meu mundo não vai mais se iluminar!

Dane-se! Esse egoísmo, meu egocentrismo.
E se ela nem me quiser? Como saber?
Ó! Que vergonha. Além de egocêntrico, covarde.
Que será de minha dinastia?

Ó Deus, que sofrimento.
Tira de mim esta pedra, de dentro de meu coração.
Só o tempo pode explicar minha dor.
Queimar-se não machuca tanto,
Meu coração, entretanto, está deteriorando.
É açoitado pelas forças da paixão.

Que castigo. Por que ela não pensa em mim?
Tudo isto estaria resolvido.
Não está.
Então, que se faça fim.
Ela feliz.
Eu assim: sem rumo, sem ela.
Apenas junto à paixão minha por ela.

Por esse anjinho nos pega sem pensar no futuro?

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O direito ao grito

Os bebês choram, depois gritam, depois choram e gritam. Crescemos e ficamos com o conceito de que isto é coisa de criança. Então calamo-nos e escondemos o choro; a vida começa a parecer sem graça, e a cada coisa nós não discutimos, ou, se discutimos, não vamos à frente e deixamos de lado, desistimos.

Poder gritar não é um direito. É um dever.

Chorem, gritem e reclamem, e então vão sentir que estes preconceitos vão embora e a vida vai se tornando plena novamente.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Voando baixo

Foi duma nuvem que ela caiu
Tinha se machudado e ria
Não sei se ria da porta que abriu
Não sei se ria do que não queria

Soltou asas e pouco conseguiu
Está conosco, é o nosso dia
Vamos celebrar uma vinda do céu
A estréia de uma nova via

Fez estradas a locais importantes
Corações, mentes, braços
Ensinados a voar

É, siga em em frente, ao mar
foram reservados tempos
Aos sábios, curar amigos distantes

Parabéns à bananinha, ela sabe o que faz.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Inocência

A inocência é brilhante
É ver fantasmas onde não há luz
É correr descalço pela lama
É segurar o braço que nos conduz

É ter cuidado apavorante.
É comer pelos olhos,
Sentir a quem se ama
E brincar com os ouvidos.

Quantas maneiras há de engrandecer a alma
sem maldade?
E quantas outras, sem uma perda inicial?

Inocência é mais que lealdade.
Inocência é primordial
É dom que se tem e não se perde, apenas atrofia.

Ah, quem me dera ter aquela inocência.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Confusão

Instigar, eis uma questão:
Função, desde o primeiro grau
À utilidade infinita no cotidiano

Fisicamente impossível de explicar
Somos eu, você, ele, ela: Todos nós ou eles.
Palavras ligam-se ativamente, passivamente ou nem se ligam.
Moléculas ligam-se e separam-se, até nos formar.
Tudo separado, tudo junto; Verdadeira mescla.

Confusão, por que confusão?
Esta é a questão.

Se entendeste algo, então é maluco; Não há o que entender.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Paradoxo

Se o tempo é infinito,
Passa por quê?
Hora se o minuto realmente existisse,
Não ficaríamos horas esperando por ele.

Concreto! O que há de concreto?
Misturas de carbono
Oxigênio e hidrogênio

Cai, a cada tempo, uma teoria
Outras dez nascem
Todas sem sentido e propósito
A fama é mais importante que os resultados práticos.

Faça-se a luz, a vida e a inteligência
Vê que cada coisa tem seu tempo
Mas o tempo não possui nada.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Pergunta

Dor? O que é?
Alegria? O que é alegria?

Por que temos de mentir
Mascaramos toda nossa face
Morremos sem mostrar caras

Fingimos que nada acontece
Ou não
Transparecemos humanidade
Sem podermos mostrar servilidade

É! Ser servil para com o outro
Ah, que bom seria ver irmãos se abraçando para sempre
Pais felizes e famílias bem-estruturadas

Mas não podemos
A família, que deveria ser porto seguro,
É estrada esburacada

Fingir, fingir
O show não pode parar
Mesmo que o correto seja parar
Para pensar...

Novamente o mesmo apelo, parece que não pensam.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Pela última vez

Fez-se luz, fez-se terra, fez-se homem
Humanitário, cresceu com humanidade
Fez do livros fogo
Fez do fogo guerras de verdade

Livros escritos ontem:
Homens de palavra queimada
Entram e perdem o jogo
Não sabem como fazer nada

E tudo isto não é conflitante
E tudo isto é apenas um rio,
Um fino fio fazendo figuração

Destrua-se com emoção
Antes que o seja feito sem brio
Por qualquer ser errante

Os livros se destruirão.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Não deve ser hora

Ora, para quê escrever?
Ora, para quê ler?
Se tudo passa tão depressa
Não deve ser hora de se ater a detalhes

Ora, para quê crer?
Ora, para quê fingir?
Se tudo o que fazemos está fadado a morte
Então não deve ser hora de se ater a faces

Se, para montar,
É necessária coragem
Não deve ser hora de enfrentar leões

Se, para viver,
É necessária vida
Não deve ser hora de amar

Começando novamente.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Cada vez mais

Olho o relógio
Máquina sem coração
Que bate no ritmo certo

Olho no espelho
Vejo outra máquina
Agora morta-viva
Que se move por medo

Olho pela janela
A vida daqui parece transparente
Mas lá fora é tão escuro

Olho e não consigo ver
Por que esconderam?
Quero paz, humanidade-fanstasma

E cada vez a lua se põe mais
O sol não nasce em boa hora
Resta-nos ficar e ficar
Parece que a luz não vá embora.

Quem entender me explique.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Olhando o futuro

Parecem estátuas teus olhos
Vidrados no movimento
Da esquina simples a Vida

Eu num canto desesperado
Desafino e desagrado
A festa dos deuses a sina

Eu não escolho meu passado
Eu, que em nada creio por descaso
Oprimo a solidão que me convém

Isolado, confinado
Padece teu coração sem de mim saber
E por que finges no quarto
Que na vida não há mais querer?

Sou monstro dotado
De destreza e natureza
Finjo, crio e esmago
A crença do deus Viver

Vem ver teus olhos agora
Me dizendo coisas
Que só deus pode traduzir
Colados na imagem da festa
E eu num canto amargo
Pareço fingir

Que estou Só e te conheço
Surdo de amor adormeço
Sabendo que estás por vir.


Preciso sonhar, para que a realidade não destrua em mim a alegria de viver.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Mudanças

O estado do brasil não funciona mais
Eu vejo violência
Eu grito liberdade! independência!
Eu não quero viver sem paz

Eu marcho sobre ruas desertas
Em que carros valem mais do que homens
Eu vivo em vidas solitárias
A separação das nossas nações

É hora de voltar, já sabemos o que fazer
Nós voltamos e vamos fazer acontecer
É hora de voltar, já sabemos o que fazer
Nós voltamos e vamos fazer acontecer

Eu faço comida para uma família de pessoas
Mas nem família eu tenho
Vendo aos outros por barganha
Para ter mais dinheiro

Os soldados não são mais os mesmos
Não batalham por todos
Lutam contra o povo
Matam, espalham o medo

É hora de voltar, já sabemos o que fazer
Nós voltamos e vamos fazer acontecer
É hora de voltar, já sabemos o que fazer
Nós voltamos e vamos fazer acontecer

Se faz arte e se vende
Se prostitui a cultura
Se perde a fartura
Feita por nosso poucos gênios

Temos crianças sem infância
Adultos sem maturidade
Prendemos nossos medos
Em defesa da liberdade!

É hora de voltar, já sabemos o que fazer
Nós voltamos e vamos fazer acontecer
É hora de voltar, já sabemos o que fazer
Nós voltamos e vamos fazer acontecer
É hora de voltar, já sabemos o que fazer
Nós voltamos e vamos fazer acontecer
É hora de voltar, já sabemos o que fazer
Nós voltamos e vamos fazer acontecer

ALGUÉM MUSIQUE ISTO, se precisar de alterações, como gramaticais(que eu fiz propositalmente) ou de ordem, ou mesmo de palavras, só falar comigo.
leopk@ig.com.br (msn)
Movimentos políticos

A cada movimento em falso
Um movimento inseguro
Há uma linha reta que se dobra para enganar

A cada dia que passa
Falso, tardio,
Mais um degrau

Sobre o cadafalso no qual sobe a política
Os algozes tremem
E esquecem do poder de uma simples corda

Degolem a cultura
Insinuem democracia
A cada hora que fica no espaço
Minha mente se esvai

A fumaça do vinho e
Os goles de cigarro mal tomados
Tornam a (minha) vida livre
Liberdade! E tudo vai

Sou preso por natureza
Aos que corrompem
Finjo Vida livre para atuar
Na verdeira mentira da sociedade:
Votar!

:(

domingo, 18 de novembro de 2007

Estátua

Quando eu olhei em seus olhos
Senti o mundo disparando
Foi apenas um momento
Momento inesquecível

Vivo inqueito com estes pensamentos
Já imaginou um futuro que não pode existir?

Quero apenas fechar minha porta e esquecer tudo
Por que se preocupar com o divino e perfeito?
Eu só quero a você como uma criança quer:
Puramente.

Se meus braços agüentam seu peso
Mas não posso levar você.

Estou apenas esperando uma chance para realizar
Tudo o que imagino:
Você.

Beijos, já sinto sua falta.

Isso ficou emo, bleh.

sábado, 10 de novembro de 2007

Humanidade

Monstro

Eu posso escrever em mil línguas,
Todavia, isto seria muito artificial.
Mais que minha língua-pátria,
Meu coração pétreo
E meu dinheiro sujo,
Sou monstro de sorte.

Vivo onde todos fugiram.
Caminho com a tranqülidade das árvores lindas,
Meu passos sôfregos, meu peito lânguido,
Até o tesão vira gastura.

Procuro a paz; semeio a guerra.
Tenho um espelho próprio, mas nele não estou;
Está minha caricatura, pintada e arrumada,
Para não saberem quem sou.

Venho de um passado próximo,
Cria de um seio que sustentou seu assassino.

Eu, meus amigos,
Eu sou vocês!

Destruo tudo e digo pr'outros:
- Ajeitem minha bagunça, meu lixo agora é teu.
Ninguém quer o lixo. O seio que abrigou o filho monstro
Agora tem vontade de se vingar
Mas ele apenas sangra!

Não há mais leite,
A mãe está cansada de carregar filho adulto.
Está na hora de procurarmos uma casa pra nós,
Para casarmos e finalmente ter filhos como somos:
Pertubados, mimados, incestuosos.

Sim, "tudo vale a pena, quando a alma não é pequena."
Não temos mais nem alma, ela está vendida como ações.
Nosso dinheiro pode comprar outra, mas já há poucas no mercado;
A bolsa divina está em dívida com seu maior credor.

Se não é o fim, é o começo.
"Terminemos com o que começamos!"
é o que fazem os verdadeiros homens!
Agora vou arrumar minhas trouxas
Quem chegar primeiro vai ter vantagens, como toda a promoção.
"Gaste mais rápido que os outros, por isso você será melhor."
Não carrego o mundo nas costas, o dinheiro vai para o dono,
o dono devolve um pedaço porque sabe me explorar.
Eu aceito, quero gastar de novo.

E que farão com o dinheiro quando acabar(tudo ou dinheiro)?
Começará novamente, só comemos carne,
Carnificina é uma boa especialização:
Nossa espécie é antropofágica.

Acalmem-se.
Não vai ser possível escutar vocês gritando,
Já estamos muito no fundo, não há mais corda.

Me salvar? Para quê, continuo nos prazeres da carne,
só ele poderá fazer minha geração se perpetuar nesta dor.





Cadê os tomates?


Eu estava com um pouco de dor de cabeça, relevem.

domingo, 4 de novembro de 2007

Postuleta

Criaturas. Como pode Deus tê-las feito? Queria o pecado dos cabelos sujos e da genitália impura? Será Deus mal a ponto de rejeitar ao mundo todo o futuro?

Queria orar, mas Deus não há mais. Todas as vilanias d'alma são agora parte do meu sangue, e fico enfermo de tal droga alucinógena. Podem tirar essas idéias da cabeça, teus atabaques, teus crucifixos. Teus livros não passam de páginas borradas, tantos pretos e brancos que nem o próprio Deus deixaria conceber tamanha insânia.

Se minhas palavras não são claras, sente-as apenas e vêes que não podes mais desmenti-las. Se deuses são os homenes não quero mais adorar ninguém a não ser a carne lânguida de desejo de minha amada.

Creio agora apenas no peito da que me ama. Amo e sou feliz, não é preciso de deuses quando se está no paraíso.

Estou vivo sobre a égide destes tempos de devaneios e desilusões, então me abraça forte e diz que o mundo não está girando de verdade, que é apenas loucura. Vivo intesamente o puro amor carnal dos teus olhos e procuro fugir deste fogo que consome minha'lma. Quero apenas lábios lânguidos, mesmo que o prazer não faça parte do ato. Sensual é só e somente a mente. Cria inverdades e deixa o mundo irreal, faz futuros irrisórios e destrói sonhos que ela própria construiu.

Sirvo de morada pro canto de morte que estes pássaros reais me trazem. Pareço imundo, inundo a terra com minha vagabundagem, faço do certo errado e vejo tudo pegar fogo, que será? Será nada, vim do nada e pro nada volto. Faço e desfaço minhas palavras como tormenta que vem em ondas e faz náufrago o grande velejador. Vê agora um raio de vida?

Boa noite.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Postulação


Para começar, minha primeira poesia concretista.

Um tanto desregulada a produção dessas duas semanas. E aí vai:

Poetiza

Dá sentidos e medos
Dá ouvidos e amor
Dá a muitos o que é de poucos

Torna um gesto numa escultura d palavras
Entede o concreto e o subjetiva
Lê o subjetivo e se emociona

Um poeta realiza tudo isso
e pensa,
Vive sua vida

É por essas e outras
que o poeta é um fingidor em pessoa
pois faz tudo isso na língua dos homens
para uma legião de animais.

Sobre 19/10, dia do poeta.


Despedida

No infinito as coisas se encontram
Do passado alimentamos nossas almas
Deste presente vivemos

Fica marcada minha presença
Erros, experiência e acertos
Fazem, da memória
A glória de que vivemos

Ficam marcados vocês
Dentro do coração e da mente
Irrelutavelmete raros
Colegas, amigos bárbaros

Nosso presente foi a convivência
E dela fizemos nosso pedestal
Onde ficamos no lugar principal

Viva!(Palmas soam)
Não há de que estarmos tristes
Nossa nostalgia é a vitória de que vivemos!

Nota: Obrigado por tudo.

São meus amigos e sabem que são.


Alquimia

Casa, casamento, apartamento
Aparece, deseparece o meu tormento
Cresce com ligas meu vento
que sopro em tua direção

Até o ar toca tua face lívida
O prazer é a vida
Pede e faz com o dia
o sol, a terra com água limpa

Teu sabor é meu acalento.

Sóbrio.

Linhas tortas

Cresce rápida a ficha
Tal qual tua experiência
Preenche pré-requisitos
Busca por sapiência

Há dentro de mim uma richa
E com ela te quero ciência;
Se não, emoção

É a crença simples da cria
Que vejo em teu coração
Faço-te imagem santa
E venero-te com devoção

Lindo busto, visto por olhos
que trasparecem a criação
Do meu eu eterno, esta canção!

...


Luz

Defino o trato:
De fino o trato
Que dou ao ouro dos teu olhos
Ficam (trans)lúcidos

Faço do meu carvão
Teu diamante

O calor do laboro
Fez amantes

É a luz que vem dos teu olhos de ouro
Que fecunda a minha imaginação

¬¬

domingo, 21 de outubro de 2007

Re-apresentação

Desculpem a demora na divulgação dos escritos, há muito em papel, além da dedicação a prosa em conto-crônica que aparecerá aqui dia primeiro.


Sentidos

Ouve-se um tiro.
A morte.
Vem nos buscar concreta.

Quando se corre para um lado,
O outro não fica vazio,
Fica apenas com o sentimento e o ruído.

Se, para ler uma propaganda,
Fosse necessária inteligência,
Não teríamos o imperativo
E sim o explicativo.

Até os pontos finais não são meus.
Nem tanto os versos os possuem.
Os pontos finais apenas estão
E eles terminam cada oração.
Eles matam, não se escuta-os,
não se divulgam.
Eles são empregados (modernos).

*Eu sei que a forma erudita seria "não se os escuta", todavia, ninguém fala assim.
Eu tentei fazer qualquer crítica apenas.



Caminho
Não me importo se souber
O dia não pode crer
Ninguém deve saber
Que o sol já vai nascer

Os erros vão se matar
As vidas vão transbordar
Os pedidos vão mandar
Os caminhos vão caminhar

No meio da caminho tinha uma pedra
No meio da pedra tinha um caminho
Saber e crer que o caminho vai nascer
As vidas eram os caminhos perdidos
E os pedidos transbordaram da queda

Acabou.
Finite. Matar o sol não importa
Mas ninguém deve saber.

Uma simples paródia sem sentido.


Ao vencer

Caminhava a passos largos
Sorria para todos
Via os lindos louros
Da vitória, nossos magos.

Da magia se fez a imaginação
Que percorre os sentidos
Ludibria a razão
E escolhe os caminhos

Peça teus desejos
Que os deuses com poder
Atenderão tuas loucas necesidades

Todavia, não deixa tuas vaidades
Fazerem algo morrer:
Amor, dinheiro, medos.

Finalmente, algo com sentido, apesar da simples forma.

sábado, 6 de outubro de 2007

Estou tão irritado, não compreendo como escrevi isto. Prometo que vou tentar mudar e parar com essa megalomania que só eu conheço em mim.

Definição

Definir é um erro por si só: Dê finir - dar finitude. Impossível trabalhar com palavras concretas sem lhes atribuir sentidos poéticos. Fim à concretização momentânea! O sentido da poesia é abrir as asas do pensamento.
Erro e sei o quanto, mas minha teoria mal-embasada é o início de um tempo contro-verso(com outros versos).

Esqueçam todo minha babaquice, finjam que só o que lhes interessa existe, finjam e não voltem. Adeus.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Uma vez

"Por que tenho de dar sentido
se sentidos dominam e comandam o homem?

Queria só palavras vazia,
palavras que não sentem pois meu coração agora pedra
não conhece mais nem a força dos pensamentos

Não tenho dor, entretanto continuo sem alegria.
Não esqueça que te entreguei meus sentimentos
e eles estão longe.

Há erros que não são cometidos;
há mentiras não ditas,
mas continuo sem senti-las
e continuam sem sentido.

São agora apenas barro
Moldável em beleza
Sem objetivo aparente
Virado em jarro, sem destreza

Sem dor, nem alegria
Só tu podes senti-las
Viver meu coração, minha'lma
e minha vida."

Voltando a fazer algo verdadeiro.


E assim se fez


"Sim
Diz meu amor
Eu quero que me faças o favor
De ficar longe de mim

Que posso fazer?
A sociedade arruinou
Toda minha esperança, todo meu saber
Posso esperar tudo de quem me começou

DEUS

Deus é homem ou mulher?
Qual a diferença? se for homem subjulga;
se mulher, maltrata.

Transmitiu seus genes a nós
e conseguimos destruir nossa divindade com erros da paixão.
Sim, amor, perto de ti tenho solidão
estou sempre perdido nos teus nós.

Não há sentido para a vida,
senão viver cada vez mais;
esquecer Deus, amor, pátria, coragem,
esquecer que como humanos, fomos deuses."

Retratos.

domingo, 30 de setembro de 2007

Ser a verdade

"Por que falar de sentimentos e emoções?
Danem-se o amor, a amizade, o ódio
Que os sentimentos façam parte apenas do mundo dos sentimentos

Quero o mundo com pessoas, boas comidas e mansões
Seja a vida carne, não paixão
Seja a arte mente, não coração
Seja o mundo todas as vitórias, o pódio

Façamos de nós mesmo as respostas
Concretos para perguntas imaginárias
Tenhamo-nos como centro do universo
Sem que seja preciso de viagens interplanetárias

Somos o inverso
Somos os momentos
Somos aquilo que se move no berço."

Eu gostei dessa.

:(


"Quando tudo acontecer
Quando tu te fores
Quando acabarem os amores
O dia vai renascer

Eu vou caminhar junto a ti
Será tempo sublime
Os deuses creditarão-me
poder, e como pássaro livre a vi

Os ventos sopraram forte os sentimentos
Limpos por campos de artifício
Assim como minha vido foi

É, não será fácil sem ti
Mesmo que a vida siga
Ela será a mesmo de quando te vi."

Putz, eu nem sei porque estou divulgando isto.

sábado, 22 de setembro de 2007

Velha discussão

Velha discussão

"Principalmente, peço silêncio
Que nenhuma música toque dentro de você
Que rima e métrica alguma dêem a sua liberdade

Escute nada.
Pense tudo.

E agora? Está com raiva?
Só pode ser de si mesmo
Errar é do humano
Errar é do mano
Errar é do irmão
Errar é de nós mesmos

Não entende nada? Posso ajudar?
Nunca! prefiro morrer

Idiota, burro, néscio, mentecapto
Ignorante de si
Volte ao mundo dos mortais
Transcendental? Para que ISTO serve?

OPA! O mundo é real novamente?
Errou des
crente.

E que nada mais faça seu barulho
E que nada mais se mova
Que a sua vida seja sempre a mesma
Que o seu poder tenda a zero

Desejo a você a maldição pior que temos
Quero que todos a sua volta nunca morram
Que tudo o que faz seja sempre a mesma coisa
Que esteja preso nesta vida que tem

E então? Nada mudou? A vida vai ser a mesma.
E você?"

Raiva!

Amo a primavera

"Prima-
Vera
É que não sei o que dizer sobre ela
Linda, embora não vaidosa
Cheirosa, entretanto não caprichosa

Amo a prima-
Vera
Que choque! Não parece com outras parentas

Ela tem dias mais bonitos,
Ventos mais detalhados,
Nuvens mais bem desenhadas,
Entranhas mais perfeitas,
Sol mais penetrante,
Até seus filhos são mais felizes

A prima Vera distante do meu coração
A primavera a melhor estação."

Pena eu não conhecer alguma Vera. =P

Escolhidos ao léu(Leo)

Aos errantes

Chorando rios; Lendo os navios
Sinto a emoção rolar
Será que não há jeito de me curar?

A natureza sangra a vida que roubamos
Quer de volta e com juros
Os rios choram pelos navios que lemos

São os ventos, são as rochas, é o homem
Quem devasta a consciência universal
Nós erramos e não queremos ver
É a atitude de tanto poder
Que nos controla, que quando não nos comanda
Nos bate, maltrata, faz o que lhe for de juízo
Os rios não dão mais a água poluída por navios

Não quero mais ser humano;
Não quero mais tentar ser a natureza
Eu quero mesmo é viver
E não machucar e roubar como vive o homem
Nem sangrar e ter cólera como a natureza
Talvez não queira mais nem existir
Tamanha a dívida da existência

Quero mesmo é parecer a água de um rio
Cooperando com o navio, parte de mim,
Com força e esplendor."

Homem, mulher, natureza, força e poder.


Querer-te? Provação

"Quero ver teus olhos bonitos
Quero tocar teu corpo
Quero sentir o cheiro do teu cabelo

Meu Deus! O que estou dizendo?
Quero apenas extravasar a emoção que sinto
Quero, mesmo que por um dia,
Saber como é te amar plenamente
Ter no teu sorriso a alegria do dia
Quero-te bem, viva, com sabor de pássaro da manhã
Quero a meu amor tudo que puder haver nesta vida
Quero mostrar-te, ensinar-te a ver como até o diabo é bom

Talvez também não queira nada
Queira guardar para mim o rancor de não amar-te
Mas creio que bom mesmo
Seja aqueles únicos minutos
Em que mesmo fora do sonho
Possa ver-te e adorar-te

É, erro a natureza divina não comete
Erro mesmo é da natureza humana
Que faz tudo o que é puro carnal
E o puro amor que tenho por ti seja banal.

Conclusão? Pra quê?
Só quero mesmo é poder te amar
Seja em sonho, pensamento ou olhar
Sem tornar nunca a perfeição da natureza divina
Num querer sem bem-querer
Querer-te? Provação
Amar-te? Só em coração

E nada mais."

É o medo.

Chuva de mentiras

"A chuva corre sem rumo
Purifica a mentira, restando a verdade
É o prisma que nos deixa sem maldade
Fazendo-nos tomar novos rumos

Mas se a chuva limpa
O sol inspira poetas e poemas
Traz a luz ao universo da metafísica

No dia em que houver o sol e eu quiser a chuva
Esqueço o desespero e me conformo
A chuva enriquece o dia, cheio de nuvens

Então, se por acaso, procurares algo que não há:
Olha em tua volta, como o mundo é bom
Esquece e não lembra mais do que passou."

À Álvaro de Campos.


Métodos da natureza

Chuvinha de criança
Triste, não dá pra sair
-Quero brincar! meu amigos me esperam...
-Não. Está molhado e pode se resfriar!

Buaá, buá. - Não posso esperar
Meu tempo é curto, quero brincar!
-Erro grande, inexperiência
Para brincar o tempo é curto
Para se resfriar o tempo é grande

Passatempo, passa hora e o tédio a encarar
-Quero divertimento, brinquedos, quero brincar!
Brinca filha, quero teu bem, só não vá se resfriar.
O tempo está limpo, podes te sujar."

Era pra ser direcionado a crianças...

Breves momentos

"Era uma vez um coração,
Ele batia tão forte
Que o carro capotou
Ele por muito sangrou
Até que a mente, seu norte,
Apontou a direção

Este sentimento que o derrubou, então
Fora direto à tribuna
Donde recebera o perdão e a solidão

E o agora contido coração
Está no colo da Bruna
Exercendo forte tentação sobre a razão"

Esse foi apenas um erro do percurso. ^^

domingo, 16 de setembro de 2007

Um pedido

"A noite: vida exuberante
A vida: um erro andante
Seguir adiante, sem medo
Estar em um eterno desejo
De olhar, sentir e amar

À caminho de uma nova existência
O arroubo de ser obrigado a existir

Liberdade? Experiência!
E seguir a frente, pedir:
Que os ventos caminhem ao meu lado
Que todo enfado seja por eles carregado
E que todo o dia seja um dia feliz."

Só uma explicação dos desejos não-íntimos.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Idas e vindas

A ida

"Versos caídos sobre a égide de novos tempos
Tempos sentidos pela velocidade
A velocidade sentida pelos ventos

Se uma nova idéia abate uma cidade
As canções de amor já não tem razão
As guerras acima do coração

Se a guerra finge a vida
A paz finge a morte
Se há a dor numa ferida
Sente-se mais prazer pela vida
Do que ódio pela morte

O amor das guerras se faz
Os ventos sopram novos tempos
Verdadeiros tempos de paz"

À pedidos novamente.

A volta

"A verdadeira volta
Só existe porque já se foi
Só se volta porque se perdeu

Se se perde a energia do existir
Logo se sabe que se extrai a essência do eu
Entende-se que o poder vem da energia que se foi
Então o mundo que corre apenas dando voltas"

Tá bem fraquinho, mas ainda tem sentido. Procurem todas as explicações para tais escritos.

domingo, 9 de setembro de 2007

Erro

"Erro do inquieto
Erro do arquiteto
Erro desmistificado
Erro errado

Ser o erro e pensar no erro
Chegar até o erro e acertar
Fingir ter acertado e errar
Saber o jeito certo e ferir
Desviar a facada e machucar
Sentir o belo coração com o erro

Erro que se faz e não se sente
Erro que machuca de repente
Erro que se desfaz com um pesar
Erro, porque tantas vezes erro?
Queria mesmo era a bondade do erro
Fazer o erro acabar."

Não faz sentido, mas isso é o que menos importa.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Inovações

Iniciando uma nova forma de escrever, onde há sublinhado é porque este sítio não aceita espaços repetidos; considere, então, como espaços brancos.

Domines conscientia

"Meu domínio é igual a minha imagem
________________________________(Minha imagem não me é igual)
Meu domínio: apenas as idéias da vida sublime
__________________________A minha imagem(,) só(,) a vida vadia
Mas se eu posso ter uma imagem com vertigem
__________________Minha imagem pode apenas ter sombra e perdia
Eu sou aquilo que tu pediste que te anime
_____________________________Minha imagem é aquilo que faz mal

Quando eu seguir a linha do raciocínio
____________________Minha emoção - que tenta ser a linha imagem
A linha que deve seguir a mente
_______________________É a mesma coisa que o pensar desajeitado
Serei uma pessoa melhor, simplesmente
___________________________________Um erro do ser arrumado
Pela vida que tenho, que quero e que sinto
_________Acerto do que peço, vejo e faço ser resultado: montagem

Quero mais é vida com domínio, meio e fim
_________________Finjo imagem louca. Credo! Como pode ser louca?
Eu sou a consciência, domino o pensar
_______________________________Quero mesmo é que se exploda
Creio, ajo, mato a figura do arlequim, acabar
_____Minha linha-imagem, não quero nada além da vantagem pouca do viver"

Aprendendo a ler, leia esta nova forma de três jeitos diferentes. É uma idéia boa, pena eu ainda não ser um bom poeta.
Obs.: Além de estar meio bobo.=P Eu estava afim de divulgar a nova forma. Sorte!

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Como parece estar faltando um tema, vou tentar lançar alguns itens leves e comuns pra depois me tornar mais enfárico perante este mundo.

Tempo:
"O mesmo tempo que rege a idéia
Rege qual espaço da matéria
Olha-se para o espaço e entende-se
Se é impossível que ele seja parado
Impossível é que ele pare a gente

Dois corações batem em rimos diferentes
Mas não deixam de estar no mesmo tempo:
O tempo em que éramos puros
Ou o tempo em que somos os regentes

Impressionante é olhar pra frente e dizer:
A estrada é longa e
SÓ o tempo poderá mostrar que o fim do caminho será o alvorecer."

Morte:
"Se um dia eu for embora sem me despedir
Lembre-se de que já o fiz
Mostrando aquele sublime amor a ti
Fazendo tua pesada máscara sorrir

Pensa em todos os momentos em que te dexei feliz e apaga
Agora lembra dos em que te fiz mal, pequei
E aprende com estes erros crassos
Pois apenas sendo um humano devasso
Foi que te mostrei que errei
E entende de uma vez por todas: o fim somos nós, a própria praga

E assim, quando o senhor da estradas
- da vida e da morte - vier me buscar
Eu vou saber que a minha existência não foi vaga
E que tudo o que servi foi amar."

Realmente, tenho esperanças de que alguém ainda esteja lendo tais palvras e, aos que notarem meus erros, comentem, para que não os repita novamente por todo o tempo.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Silêncio!

"Hoje, pela manhã, escutei os pássaros. Ontem, pela manhã, escutei buzinas. Tantos outros dias escutei xingamentos, brigas e choros, bem como escutei a voz do meu coração.
Já escutei batidas de carro, já escutei a batedeira chacoalhando, já escutei até, pasmem, os passos dos meus sentidos.
Já escutei músicas inteligentes, músicas ritmadas, músicas sem letra, já escutei mais estilos musicais do que uma vida toda de músico antigo.
Já escutei discursos bons, já escutei discursos bonitos, já escutei discursos bonitos e vazios, já escutei tantos discursos e sermões que consigo definir a palavra ladainha.
Já escutei a todos a meu redor, já escutei o que não disseram, já escutei a voz da consciência, e mesmo com tantos dizeres ecoando na minha cabeça, só tenho uma coisa a dizer:
-Silêncio!"
"As palvras estão muito além das línguas ou da simples fala."

Só porque não agüento mais tantas palavras vazias.