segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Cada vez mais

Olho o relógio
Máquina sem coração
Que bate no ritmo certo

Olho no espelho
Vejo outra máquina
Agora morta-viva
Que se move por medo

Olho pela janela
A vida daqui parece transparente
Mas lá fora é tão escuro

Olho e não consigo ver
Por que esconderam?
Quero paz, humanidade-fanstasma

E cada vez a lua se põe mais
O sol não nasce em boa hora
Resta-nos ficar e ficar
Parece que a luz não vá embora.

Quem entender me explique.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Olhando o futuro

Parecem estátuas teus olhos
Vidrados no movimento
Da esquina simples a Vida

Eu num canto desesperado
Desafino e desagrado
A festa dos deuses a sina

Eu não escolho meu passado
Eu, que em nada creio por descaso
Oprimo a solidão que me convém

Isolado, confinado
Padece teu coração sem de mim saber
E por que finges no quarto
Que na vida não há mais querer?

Sou monstro dotado
De destreza e natureza
Finjo, crio e esmago
A crença do deus Viver

Vem ver teus olhos agora
Me dizendo coisas
Que só deus pode traduzir
Colados na imagem da festa
E eu num canto amargo
Pareço fingir

Que estou Só e te conheço
Surdo de amor adormeço
Sabendo que estás por vir.


Preciso sonhar, para que a realidade não destrua em mim a alegria de viver.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Mudanças

O estado do brasil não funciona mais
Eu vejo violência
Eu grito liberdade! independência!
Eu não quero viver sem paz

Eu marcho sobre ruas desertas
Em que carros valem mais do que homens
Eu vivo em vidas solitárias
A separação das nossas nações

É hora de voltar, já sabemos o que fazer
Nós voltamos e vamos fazer acontecer
É hora de voltar, já sabemos o que fazer
Nós voltamos e vamos fazer acontecer

Eu faço comida para uma família de pessoas
Mas nem família eu tenho
Vendo aos outros por barganha
Para ter mais dinheiro

Os soldados não são mais os mesmos
Não batalham por todos
Lutam contra o povo
Matam, espalham o medo

É hora de voltar, já sabemos o que fazer
Nós voltamos e vamos fazer acontecer
É hora de voltar, já sabemos o que fazer
Nós voltamos e vamos fazer acontecer

Se faz arte e se vende
Se prostitui a cultura
Se perde a fartura
Feita por nosso poucos gênios

Temos crianças sem infância
Adultos sem maturidade
Prendemos nossos medos
Em defesa da liberdade!

É hora de voltar, já sabemos o que fazer
Nós voltamos e vamos fazer acontecer
É hora de voltar, já sabemos o que fazer
Nós voltamos e vamos fazer acontecer
É hora de voltar, já sabemos o que fazer
Nós voltamos e vamos fazer acontecer
É hora de voltar, já sabemos o que fazer
Nós voltamos e vamos fazer acontecer

ALGUÉM MUSIQUE ISTO, se precisar de alterações, como gramaticais(que eu fiz propositalmente) ou de ordem, ou mesmo de palavras, só falar comigo.
leopk@ig.com.br (msn)
Movimentos políticos

A cada movimento em falso
Um movimento inseguro
Há uma linha reta que se dobra para enganar

A cada dia que passa
Falso, tardio,
Mais um degrau

Sobre o cadafalso no qual sobe a política
Os algozes tremem
E esquecem do poder de uma simples corda

Degolem a cultura
Insinuem democracia
A cada hora que fica no espaço
Minha mente se esvai

A fumaça do vinho e
Os goles de cigarro mal tomados
Tornam a (minha) vida livre
Liberdade! E tudo vai

Sou preso por natureza
Aos que corrompem
Finjo Vida livre para atuar
Na verdeira mentira da sociedade:
Votar!

:(

domingo, 18 de novembro de 2007

Estátua

Quando eu olhei em seus olhos
Senti o mundo disparando
Foi apenas um momento
Momento inesquecível

Vivo inqueito com estes pensamentos
Já imaginou um futuro que não pode existir?

Quero apenas fechar minha porta e esquecer tudo
Por que se preocupar com o divino e perfeito?
Eu só quero a você como uma criança quer:
Puramente.

Se meus braços agüentam seu peso
Mas não posso levar você.

Estou apenas esperando uma chance para realizar
Tudo o que imagino:
Você.

Beijos, já sinto sua falta.

Isso ficou emo, bleh.

sábado, 10 de novembro de 2007

Humanidade

Monstro

Eu posso escrever em mil línguas,
Todavia, isto seria muito artificial.
Mais que minha língua-pátria,
Meu coração pétreo
E meu dinheiro sujo,
Sou monstro de sorte.

Vivo onde todos fugiram.
Caminho com a tranqülidade das árvores lindas,
Meu passos sôfregos, meu peito lânguido,
Até o tesão vira gastura.

Procuro a paz; semeio a guerra.
Tenho um espelho próprio, mas nele não estou;
Está minha caricatura, pintada e arrumada,
Para não saberem quem sou.

Venho de um passado próximo,
Cria de um seio que sustentou seu assassino.

Eu, meus amigos,
Eu sou vocês!

Destruo tudo e digo pr'outros:
- Ajeitem minha bagunça, meu lixo agora é teu.
Ninguém quer o lixo. O seio que abrigou o filho monstro
Agora tem vontade de se vingar
Mas ele apenas sangra!

Não há mais leite,
A mãe está cansada de carregar filho adulto.
Está na hora de procurarmos uma casa pra nós,
Para casarmos e finalmente ter filhos como somos:
Pertubados, mimados, incestuosos.

Sim, "tudo vale a pena, quando a alma não é pequena."
Não temos mais nem alma, ela está vendida como ações.
Nosso dinheiro pode comprar outra, mas já há poucas no mercado;
A bolsa divina está em dívida com seu maior credor.

Se não é o fim, é o começo.
"Terminemos com o que começamos!"
é o que fazem os verdadeiros homens!
Agora vou arrumar minhas trouxas
Quem chegar primeiro vai ter vantagens, como toda a promoção.
"Gaste mais rápido que os outros, por isso você será melhor."
Não carrego o mundo nas costas, o dinheiro vai para o dono,
o dono devolve um pedaço porque sabe me explorar.
Eu aceito, quero gastar de novo.

E que farão com o dinheiro quando acabar(tudo ou dinheiro)?
Começará novamente, só comemos carne,
Carnificina é uma boa especialização:
Nossa espécie é antropofágica.

Acalmem-se.
Não vai ser possível escutar vocês gritando,
Já estamos muito no fundo, não há mais corda.

Me salvar? Para quê, continuo nos prazeres da carne,
só ele poderá fazer minha geração se perpetuar nesta dor.





Cadê os tomates?


Eu estava com um pouco de dor de cabeça, relevem.

domingo, 4 de novembro de 2007

Postuleta

Criaturas. Como pode Deus tê-las feito? Queria o pecado dos cabelos sujos e da genitália impura? Será Deus mal a ponto de rejeitar ao mundo todo o futuro?

Queria orar, mas Deus não há mais. Todas as vilanias d'alma são agora parte do meu sangue, e fico enfermo de tal droga alucinógena. Podem tirar essas idéias da cabeça, teus atabaques, teus crucifixos. Teus livros não passam de páginas borradas, tantos pretos e brancos que nem o próprio Deus deixaria conceber tamanha insânia.

Se minhas palavras não são claras, sente-as apenas e vêes que não podes mais desmenti-las. Se deuses são os homenes não quero mais adorar ninguém a não ser a carne lânguida de desejo de minha amada.

Creio agora apenas no peito da que me ama. Amo e sou feliz, não é preciso de deuses quando se está no paraíso.

Estou vivo sobre a égide destes tempos de devaneios e desilusões, então me abraça forte e diz que o mundo não está girando de verdade, que é apenas loucura. Vivo intesamente o puro amor carnal dos teus olhos e procuro fugir deste fogo que consome minha'lma. Quero apenas lábios lânguidos, mesmo que o prazer não faça parte do ato. Sensual é só e somente a mente. Cria inverdades e deixa o mundo irreal, faz futuros irrisórios e destrói sonhos que ela própria construiu.

Sirvo de morada pro canto de morte que estes pássaros reais me trazem. Pareço imundo, inundo a terra com minha vagabundagem, faço do certo errado e vejo tudo pegar fogo, que será? Será nada, vim do nada e pro nada volto. Faço e desfaço minhas palavras como tormenta que vem em ondas e faz náufrago o grande velejador. Vê agora um raio de vida?

Boa noite.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Postulação


Para começar, minha primeira poesia concretista.

Um tanto desregulada a produção dessas duas semanas. E aí vai:

Poetiza

Dá sentidos e medos
Dá ouvidos e amor
Dá a muitos o que é de poucos

Torna um gesto numa escultura d palavras
Entede o concreto e o subjetiva
Lê o subjetivo e se emociona

Um poeta realiza tudo isso
e pensa,
Vive sua vida

É por essas e outras
que o poeta é um fingidor em pessoa
pois faz tudo isso na língua dos homens
para uma legião de animais.

Sobre 19/10, dia do poeta.


Despedida

No infinito as coisas se encontram
Do passado alimentamos nossas almas
Deste presente vivemos

Fica marcada minha presença
Erros, experiência e acertos
Fazem, da memória
A glória de que vivemos

Ficam marcados vocês
Dentro do coração e da mente
Irrelutavelmete raros
Colegas, amigos bárbaros

Nosso presente foi a convivência
E dela fizemos nosso pedestal
Onde ficamos no lugar principal

Viva!(Palmas soam)
Não há de que estarmos tristes
Nossa nostalgia é a vitória de que vivemos!

Nota: Obrigado por tudo.

São meus amigos e sabem que são.


Alquimia

Casa, casamento, apartamento
Aparece, deseparece o meu tormento
Cresce com ligas meu vento
que sopro em tua direção

Até o ar toca tua face lívida
O prazer é a vida
Pede e faz com o dia
o sol, a terra com água limpa

Teu sabor é meu acalento.

Sóbrio.

Linhas tortas

Cresce rápida a ficha
Tal qual tua experiência
Preenche pré-requisitos
Busca por sapiência

Há dentro de mim uma richa
E com ela te quero ciência;
Se não, emoção

É a crença simples da cria
Que vejo em teu coração
Faço-te imagem santa
E venero-te com devoção

Lindo busto, visto por olhos
que trasparecem a criação
Do meu eu eterno, esta canção!

...


Luz

Defino o trato:
De fino o trato
Que dou ao ouro dos teu olhos
Ficam (trans)lúcidos

Faço do meu carvão
Teu diamante

O calor do laboro
Fez amantes

É a luz que vem dos teu olhos de ouro
Que fecunda a minha imaginação

¬¬

domingo, 21 de outubro de 2007

Re-apresentação

Desculpem a demora na divulgação dos escritos, há muito em papel, além da dedicação a prosa em conto-crônica que aparecerá aqui dia primeiro.


Sentidos

Ouve-se um tiro.
A morte.
Vem nos buscar concreta.

Quando se corre para um lado,
O outro não fica vazio,
Fica apenas com o sentimento e o ruído.

Se, para ler uma propaganda,
Fosse necessária inteligência,
Não teríamos o imperativo
E sim o explicativo.

Até os pontos finais não são meus.
Nem tanto os versos os possuem.
Os pontos finais apenas estão
E eles terminam cada oração.
Eles matam, não se escuta-os,
não se divulgam.
Eles são empregados (modernos).

*Eu sei que a forma erudita seria "não se os escuta", todavia, ninguém fala assim.
Eu tentei fazer qualquer crítica apenas.



Caminho
Não me importo se souber
O dia não pode crer
Ninguém deve saber
Que o sol já vai nascer

Os erros vão se matar
As vidas vão transbordar
Os pedidos vão mandar
Os caminhos vão caminhar

No meio da caminho tinha uma pedra
No meio da pedra tinha um caminho
Saber e crer que o caminho vai nascer
As vidas eram os caminhos perdidos
E os pedidos transbordaram da queda

Acabou.
Finite. Matar o sol não importa
Mas ninguém deve saber.

Uma simples paródia sem sentido.


Ao vencer

Caminhava a passos largos
Sorria para todos
Via os lindos louros
Da vitória, nossos magos.

Da magia se fez a imaginação
Que percorre os sentidos
Ludibria a razão
E escolhe os caminhos

Peça teus desejos
Que os deuses com poder
Atenderão tuas loucas necesidades

Todavia, não deixa tuas vaidades
Fazerem algo morrer:
Amor, dinheiro, medos.

Finalmente, algo com sentido, apesar da simples forma.

sábado, 6 de outubro de 2007

Estou tão irritado, não compreendo como escrevi isto. Prometo que vou tentar mudar e parar com essa megalomania que só eu conheço em mim.

Definição

Definir é um erro por si só: Dê finir - dar finitude. Impossível trabalhar com palavras concretas sem lhes atribuir sentidos poéticos. Fim à concretização momentânea! O sentido da poesia é abrir as asas do pensamento.
Erro e sei o quanto, mas minha teoria mal-embasada é o início de um tempo contro-verso(com outros versos).

Esqueçam todo minha babaquice, finjam que só o que lhes interessa existe, finjam e não voltem. Adeus.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Uma vez

"Por que tenho de dar sentido
se sentidos dominam e comandam o homem?

Queria só palavras vazia,
palavras que não sentem pois meu coração agora pedra
não conhece mais nem a força dos pensamentos

Não tenho dor, entretanto continuo sem alegria.
Não esqueça que te entreguei meus sentimentos
e eles estão longe.

Há erros que não são cometidos;
há mentiras não ditas,
mas continuo sem senti-las
e continuam sem sentido.

São agora apenas barro
Moldável em beleza
Sem objetivo aparente
Virado em jarro, sem destreza

Sem dor, nem alegria
Só tu podes senti-las
Viver meu coração, minha'lma
e minha vida."

Voltando a fazer algo verdadeiro.


E assim se fez


"Sim
Diz meu amor
Eu quero que me faças o favor
De ficar longe de mim

Que posso fazer?
A sociedade arruinou
Toda minha esperança, todo meu saber
Posso esperar tudo de quem me começou

DEUS

Deus é homem ou mulher?
Qual a diferença? se for homem subjulga;
se mulher, maltrata.

Transmitiu seus genes a nós
e conseguimos destruir nossa divindade com erros da paixão.
Sim, amor, perto de ti tenho solidão
estou sempre perdido nos teus nós.

Não há sentido para a vida,
senão viver cada vez mais;
esquecer Deus, amor, pátria, coragem,
esquecer que como humanos, fomos deuses."

Retratos.

domingo, 30 de setembro de 2007

Ser a verdade

"Por que falar de sentimentos e emoções?
Danem-se o amor, a amizade, o ódio
Que os sentimentos façam parte apenas do mundo dos sentimentos

Quero o mundo com pessoas, boas comidas e mansões
Seja a vida carne, não paixão
Seja a arte mente, não coração
Seja o mundo todas as vitórias, o pódio

Façamos de nós mesmo as respostas
Concretos para perguntas imaginárias
Tenhamo-nos como centro do universo
Sem que seja preciso de viagens interplanetárias

Somos o inverso
Somos os momentos
Somos aquilo que se move no berço."

Eu gostei dessa.

:(


"Quando tudo acontecer
Quando tu te fores
Quando acabarem os amores
O dia vai renascer

Eu vou caminhar junto a ti
Será tempo sublime
Os deuses creditarão-me
poder, e como pássaro livre a vi

Os ventos sopraram forte os sentimentos
Limpos por campos de artifício
Assim como minha vido foi

É, não será fácil sem ti
Mesmo que a vida siga
Ela será a mesmo de quando te vi."

Putz, eu nem sei porque estou divulgando isto.

sábado, 22 de setembro de 2007

Velha discussão

Velha discussão

"Principalmente, peço silêncio
Que nenhuma música toque dentro de você
Que rima e métrica alguma dêem a sua liberdade

Escute nada.
Pense tudo.

E agora? Está com raiva?
Só pode ser de si mesmo
Errar é do humano
Errar é do mano
Errar é do irmão
Errar é de nós mesmos

Não entende nada? Posso ajudar?
Nunca! prefiro morrer

Idiota, burro, néscio, mentecapto
Ignorante de si
Volte ao mundo dos mortais
Transcendental? Para que ISTO serve?

OPA! O mundo é real novamente?
Errou des
crente.

E que nada mais faça seu barulho
E que nada mais se mova
Que a sua vida seja sempre a mesma
Que o seu poder tenda a zero

Desejo a você a maldição pior que temos
Quero que todos a sua volta nunca morram
Que tudo o que faz seja sempre a mesma coisa
Que esteja preso nesta vida que tem

E então? Nada mudou? A vida vai ser a mesma.
E você?"

Raiva!

Amo a primavera

"Prima-
Vera
É que não sei o que dizer sobre ela
Linda, embora não vaidosa
Cheirosa, entretanto não caprichosa

Amo a prima-
Vera
Que choque! Não parece com outras parentas

Ela tem dias mais bonitos,
Ventos mais detalhados,
Nuvens mais bem desenhadas,
Entranhas mais perfeitas,
Sol mais penetrante,
Até seus filhos são mais felizes

A prima Vera distante do meu coração
A primavera a melhor estação."

Pena eu não conhecer alguma Vera. =P

Escolhidos ao léu(Leo)

Aos errantes

Chorando rios; Lendo os navios
Sinto a emoção rolar
Será que não há jeito de me curar?

A natureza sangra a vida que roubamos
Quer de volta e com juros
Os rios choram pelos navios que lemos

São os ventos, são as rochas, é o homem
Quem devasta a consciência universal
Nós erramos e não queremos ver
É a atitude de tanto poder
Que nos controla, que quando não nos comanda
Nos bate, maltrata, faz o que lhe for de juízo
Os rios não dão mais a água poluída por navios

Não quero mais ser humano;
Não quero mais tentar ser a natureza
Eu quero mesmo é viver
E não machucar e roubar como vive o homem
Nem sangrar e ter cólera como a natureza
Talvez não queira mais nem existir
Tamanha a dívida da existência

Quero mesmo é parecer a água de um rio
Cooperando com o navio, parte de mim,
Com força e esplendor."

Homem, mulher, natureza, força e poder.


Querer-te? Provação

"Quero ver teus olhos bonitos
Quero tocar teu corpo
Quero sentir o cheiro do teu cabelo

Meu Deus! O que estou dizendo?
Quero apenas extravasar a emoção que sinto
Quero, mesmo que por um dia,
Saber como é te amar plenamente
Ter no teu sorriso a alegria do dia
Quero-te bem, viva, com sabor de pássaro da manhã
Quero a meu amor tudo que puder haver nesta vida
Quero mostrar-te, ensinar-te a ver como até o diabo é bom

Talvez também não queira nada
Queira guardar para mim o rancor de não amar-te
Mas creio que bom mesmo
Seja aqueles únicos minutos
Em que mesmo fora do sonho
Possa ver-te e adorar-te

É, erro a natureza divina não comete
Erro mesmo é da natureza humana
Que faz tudo o que é puro carnal
E o puro amor que tenho por ti seja banal.

Conclusão? Pra quê?
Só quero mesmo é poder te amar
Seja em sonho, pensamento ou olhar
Sem tornar nunca a perfeição da natureza divina
Num querer sem bem-querer
Querer-te? Provação
Amar-te? Só em coração

E nada mais."

É o medo.

Chuva de mentiras

"A chuva corre sem rumo
Purifica a mentira, restando a verdade
É o prisma que nos deixa sem maldade
Fazendo-nos tomar novos rumos

Mas se a chuva limpa
O sol inspira poetas e poemas
Traz a luz ao universo da metafísica

No dia em que houver o sol e eu quiser a chuva
Esqueço o desespero e me conformo
A chuva enriquece o dia, cheio de nuvens

Então, se por acaso, procurares algo que não há:
Olha em tua volta, como o mundo é bom
Esquece e não lembra mais do que passou."

À Álvaro de Campos.


Métodos da natureza

Chuvinha de criança
Triste, não dá pra sair
-Quero brincar! meu amigos me esperam...
-Não. Está molhado e pode se resfriar!

Buaá, buá. - Não posso esperar
Meu tempo é curto, quero brincar!
-Erro grande, inexperiência
Para brincar o tempo é curto
Para se resfriar o tempo é grande

Passatempo, passa hora e o tédio a encarar
-Quero divertimento, brinquedos, quero brincar!
Brinca filha, quero teu bem, só não vá se resfriar.
O tempo está limpo, podes te sujar."

Era pra ser direcionado a crianças...

Breves momentos

"Era uma vez um coração,
Ele batia tão forte
Que o carro capotou
Ele por muito sangrou
Até que a mente, seu norte,
Apontou a direção

Este sentimento que o derrubou, então
Fora direto à tribuna
Donde recebera o perdão e a solidão

E o agora contido coração
Está no colo da Bruna
Exercendo forte tentação sobre a razão"

Esse foi apenas um erro do percurso. ^^

domingo, 16 de setembro de 2007

Um pedido

"A noite: vida exuberante
A vida: um erro andante
Seguir adiante, sem medo
Estar em um eterno desejo
De olhar, sentir e amar

À caminho de uma nova existência
O arroubo de ser obrigado a existir

Liberdade? Experiência!
E seguir a frente, pedir:
Que os ventos caminhem ao meu lado
Que todo enfado seja por eles carregado
E que todo o dia seja um dia feliz."

Só uma explicação dos desejos não-íntimos.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Idas e vindas

A ida

"Versos caídos sobre a égide de novos tempos
Tempos sentidos pela velocidade
A velocidade sentida pelos ventos

Se uma nova idéia abate uma cidade
As canções de amor já não tem razão
As guerras acima do coração

Se a guerra finge a vida
A paz finge a morte
Se há a dor numa ferida
Sente-se mais prazer pela vida
Do que ódio pela morte

O amor das guerras se faz
Os ventos sopram novos tempos
Verdadeiros tempos de paz"

À pedidos novamente.

A volta

"A verdadeira volta
Só existe porque já se foi
Só se volta porque se perdeu

Se se perde a energia do existir
Logo se sabe que se extrai a essência do eu
Entende-se que o poder vem da energia que se foi
Então o mundo que corre apenas dando voltas"

Tá bem fraquinho, mas ainda tem sentido. Procurem todas as explicações para tais escritos.

domingo, 9 de setembro de 2007

Erro

"Erro do inquieto
Erro do arquiteto
Erro desmistificado
Erro errado

Ser o erro e pensar no erro
Chegar até o erro e acertar
Fingir ter acertado e errar
Saber o jeito certo e ferir
Desviar a facada e machucar
Sentir o belo coração com o erro

Erro que se faz e não se sente
Erro que machuca de repente
Erro que se desfaz com um pesar
Erro, porque tantas vezes erro?
Queria mesmo era a bondade do erro
Fazer o erro acabar."

Não faz sentido, mas isso é o que menos importa.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Inovações

Iniciando uma nova forma de escrever, onde há sublinhado é porque este sítio não aceita espaços repetidos; considere, então, como espaços brancos.

Domines conscientia

"Meu domínio é igual a minha imagem
________________________________(Minha imagem não me é igual)
Meu domínio: apenas as idéias da vida sublime
__________________________A minha imagem(,) só(,) a vida vadia
Mas se eu posso ter uma imagem com vertigem
__________________Minha imagem pode apenas ter sombra e perdia
Eu sou aquilo que tu pediste que te anime
_____________________________Minha imagem é aquilo que faz mal

Quando eu seguir a linha do raciocínio
____________________Minha emoção - que tenta ser a linha imagem
A linha que deve seguir a mente
_______________________É a mesma coisa que o pensar desajeitado
Serei uma pessoa melhor, simplesmente
___________________________________Um erro do ser arrumado
Pela vida que tenho, que quero e que sinto
_________Acerto do que peço, vejo e faço ser resultado: montagem

Quero mais é vida com domínio, meio e fim
_________________Finjo imagem louca. Credo! Como pode ser louca?
Eu sou a consciência, domino o pensar
_______________________________Quero mesmo é que se exploda
Creio, ajo, mato a figura do arlequim, acabar
_____Minha linha-imagem, não quero nada além da vantagem pouca do viver"

Aprendendo a ler, leia esta nova forma de três jeitos diferentes. É uma idéia boa, pena eu ainda não ser um bom poeta.
Obs.: Além de estar meio bobo.=P Eu estava afim de divulgar a nova forma. Sorte!

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Como parece estar faltando um tema, vou tentar lançar alguns itens leves e comuns pra depois me tornar mais enfárico perante este mundo.

Tempo:
"O mesmo tempo que rege a idéia
Rege qual espaço da matéria
Olha-se para o espaço e entende-se
Se é impossível que ele seja parado
Impossível é que ele pare a gente

Dois corações batem em rimos diferentes
Mas não deixam de estar no mesmo tempo:
O tempo em que éramos puros
Ou o tempo em que somos os regentes

Impressionante é olhar pra frente e dizer:
A estrada é longa e
SÓ o tempo poderá mostrar que o fim do caminho será o alvorecer."

Morte:
"Se um dia eu for embora sem me despedir
Lembre-se de que já o fiz
Mostrando aquele sublime amor a ti
Fazendo tua pesada máscara sorrir

Pensa em todos os momentos em que te dexei feliz e apaga
Agora lembra dos em que te fiz mal, pequei
E aprende com estes erros crassos
Pois apenas sendo um humano devasso
Foi que te mostrei que errei
E entende de uma vez por todas: o fim somos nós, a própria praga

E assim, quando o senhor da estradas
- da vida e da morte - vier me buscar
Eu vou saber que a minha existência não foi vaga
E que tudo o que servi foi amar."

Realmente, tenho esperanças de que alguém ainda esteja lendo tais palvras e, aos que notarem meus erros, comentem, para que não os repita novamente por todo o tempo.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Silêncio!

"Hoje, pela manhã, escutei os pássaros. Ontem, pela manhã, escutei buzinas. Tantos outros dias escutei xingamentos, brigas e choros, bem como escutei a voz do meu coração.
Já escutei batidas de carro, já escutei a batedeira chacoalhando, já escutei até, pasmem, os passos dos meus sentidos.
Já escutei músicas inteligentes, músicas ritmadas, músicas sem letra, já escutei mais estilos musicais do que uma vida toda de músico antigo.
Já escutei discursos bons, já escutei discursos bonitos, já escutei discursos bonitos e vazios, já escutei tantos discursos e sermões que consigo definir a palavra ladainha.
Já escutei a todos a meu redor, já escutei o que não disseram, já escutei a voz da consciência, e mesmo com tantos dizeres ecoando na minha cabeça, só tenho uma coisa a dizer:
-Silêncio!"
"As palvras estão muito além das línguas ou da simples fala."

Só porque não agüento mais tantas palavras vazias.

Súplica do viver

"Olhos leves para veres a luz
Palavras simples para te acalmar
Sente a livre alma voar
Acelerada pelo pulso que reduz

Penso não te ver o tempo todo
Nem sei a quanto tempo carregas esta cruz
Mas vejo que o mal não te seduz
És suficiente, estás longe do lodo

Então peço para não te preocupares
Pois teu amor é o fogo
Que cozinha os sentimentos crus

Talvez estes versos nus
Não possam esta idéia te explicitar:
Ama, mesmo que não seja amor"

Esta foi feita a pedidos. ;)

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Desejos da alma inconsciente

"Por um dia apenas
Pedi por ti
Li aquilo que não vi
Vi aquilo que não pedi

Não importa quão grande é a distância
Importa mesmo é nosso olhar
Aqueles dias a beira-mar
Com o poente a nos olhar
Continuar sempre com a mesma ânsia

Uma ânsia de brincar, andar, amar
E lembrar de um tempo que não volta mais
Tanto tempo que o infinito não nos foi suficiente
Pelo contrário, fomos deficientes
Por não termos aproveitado ...
E não termos feito as almas plenas"

... = imaginação.

São estas minhas considerações finais.

domingo, 19 de agosto de 2007

Camada

"Olha aquela linda nuvem no céu
Cobrindo a luz dos sentimentos
Mesmo que ela seja passageira
Separa os sentidos em pavimentos

Bem como o espelho que reflete nosso breu
Nossas divagações estão entranhandas nos ventos
Os mesmo ventos que movem a nuvem negra
Uma mistura de sensibilidade em momentos

Criados do infinito claustral
Tentando furar a nuvem geodésica
De nosso corações, Clara

Assim são as camadas de nossa'lma
Uma mistura homogênea
Segregada pela gênese sentimental"

Talvez a linguagem esteja um pouco complicada, mas o entendimento levará a um crecismento sem tamanho.

sábado, 11 de agosto de 2007

"Escuto pássaros lá fora
Tão alto quanto a sinfonia
Tocada com a harmonia
Que sentia minha'lma agora

Observo árvores robustas
Tão altas quanto meu amor
Com raizes fortes e largas
Que seguram até essa dor

São as antíteses d'um enamorar-se com alegria
Como a criança que vai embora
Deixando para trás todo o pavor

Tudo para amar-te no meu louvor
Para sentir de novo a magia
Do teu amor em lindas páginas"

Tá faltando muita coisa, mas como eu estou apressado...

domingo, 5 de agosto de 2007

Percorrendo outros mundos

Limites
"Recorrendo a antiga fidelidade
Encontra-se uma bifurcação
Como ser fiel ao coração
E à mente... qual a verdade?

Se um dia fores embora
Meu limite é este:
Ficar com teu sorriso a rodopiar na memória
Enquanto a vida desencarna da minha face

Esse é o limite do meu universo
Ver-te no horizonte
Sendo a minha fonte
De alegria, de nostalgia, sentindo meu berço

Todos estes são limites existentes,
Mas se um dia lhe disserem
Que meu amor por ti, clara,
Tem um limite,
Não acredite,
Pois meu amor por ti é coisa rara.
É amor onde querem
Que se crie laços dormentes.

Mas Deus queira
Que essas pessoas tenham limites
Para que tenhamos convites
Para os limites do lindo universo."

Sentimento simples.

Sem palavras
"Correndo em volta do lago
Vejo o reflexo da tua luz
Incrível! Não é a água que me seduz
É teu esplendor no meu mundo vago

Clara, quero-te tanto
Mas não amo-te como me amo
Amo te que me perco esperando
Amo-me apenas por um ano

Se por sentir um momento da tua estrela
Minha alma se alvoroça
E ainda vejo que estás lá

Ao longe, tu, moça
Que na saindo da ilusões, em sua esteira
Serás a que minha alma irá clamar"

Tá, esqueçam este.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Conjunto dos reais

"Por que não posso ter um mundo de plástico?
Por que não posso ter um pedaço da lua?
Por que não posso passear na rua?
Por que não posso ser um mágico?

Por que não querem um mundo bonito?
Por que não ajudam para sermos felizes?
Por que não dizem as diretrizes?
Por que não fazem do irreal divertido?

Queria respostas para este infinito,
pensava que vós evoluísseis,
loucura que não queiram ver o lindo.

Dura é a vida nua,
aquela em que vivemos do prático,
estando por atrás de máscaras, o espírito."

Pena que, mesmo com tantas mensagens bonitas hoje em dia, esta só vai adicionar este dicionário, mas não vai adicionar ninguém ao mundo dos imaginários.

sábado, 28 de julho de 2007

Semplicemente

Arriscando uma crônica.

"Um menino, à beira de seus 10 anos, pergunta à mãe:
-Mãe, o que é Deus?
A mãe responde com surpresa:
-É algo que ninguém conseguiu explicar.
O menino a olha, insatisfeito:
-Mas se ninguém consegue explicar, por que fazem guerras pelo nome dele?
A mãe, perplexa com tal pergunta (ela já devia estar acostumada, afinal, a racionalidade não-viciada é a mais inteligente) e diz:
-Porque deus é bom - e pensando dar um ultimato, continua - e as pessoas são más.
O menino esboça uma cara de choro, dizendo:
-Mas eu achava que era uma pessoa também...
A mãe, já inconsolável com tal erro de pensamento, remenda:
-Existem pessoas boas também, meu filho - e pegando-o pelos braços - o que importa é o que elas fazem pelo seu mundo e eu sei que o meu garotinho não faz coisas ruins para os outros.
No momento em que termina os dizeres, seus olhos se enchem de lágrimas.
O menino, arrependido da primeira pergunta, resolve que não machucará ninguém, como um pacto inocente de qualquer criança pura. Ele entendera Deus.

Dias depois, a mãe já esquecida do acontecido, continua sua vida, simplesmente.
O menino cresceu muito, inacreditavelmente não notamos neste mundo.
Comumente, brinca com todos os outros meninos e brinca feliz, sempre acompanhado de um vento que o protege."

Simplesmente, a equação do mundo.

sábado, 21 de julho de 2007

Sensações

Tropeçando
"Ao caminhar do leve vento
Sinto passar de repente
Aquela mensagem na mente:
A sensação do momento

Enquanto não há mais tomento
Me entrego lentamente
Ao seio dormente
Do qual começa o firmamento

Mesmo saindo do relento
Sinto-me fumaça golfante
Em suma, enojante

E tu cresces vendo o semblante
Daquele que vê o céu transpirante
Nunca deixando de ir adiante"

É, mesmo sentindo-se nada, é possível SER algo bom sempre.

Erro interno
"Ainda que o mundo por nós rodeado
Fique assim abismado
Por tal blasfêmia por nós cometida
Ainda seremos a flor mais querida

Mesmo que que tu esteja acabado
Por tudo estar errado
Veremos a Margarida
Sentindo e sendo sentida

É, amigo, não fique magoado
Ela não quer o mal semeado
Ela apenas sente que fizeste algo

Por isso olhe a lua
Diga-me então que não está nua
Esta tua vergonha descabida"

Desculpe se errei.

Ode ao tempo
"Era o tempo correndo aflito
Cumprindo seu compromisso
Nunca sendo omisso
Assoviando sempre seu apito

Ao silvo do maquiavélico apito
Vejo aquilo quebradiço
Mesmo sendo ouro maciço
Entendendo que o valor é maldito

Mas cuidado! Toma conta do que é teu
Por que o tempo não pára
Ele segue sempre o destino

Ao passo marcado, o desatino
Os passos soltam ruídos, Clara,
E o tempo não sabe que você o esqueceu"

É o tempo.

sábado, 14 de julho de 2007

Sonhos

Ao invés de um poema, hoje vou postar um conto.

"Um pequeno jovem, Grand Leon, tinha grandes sonhos. Pensava em ser rei, mas não um rei qualquer, ele queria para ajudar a todos, assim como queria ter um companheiro fiel a quem pudesse ajudar a realizar seu sonho.
Foi crescendo e logo viu que era impossível. Logo Grand desistiu do seu sonho e pôs-se a ser ferreiro, assim como seu pai. Ele era muito bom nas habilidades manuais e rapidamente se tornou o melhro ferreiro do reino.
Certa vez, houve um grande duelo marcado por dois nobres de sua cidade em nome da honra. Como ele era o melhor ferreiro conhecido, foi encumbido de fabricar a espada para que o nobre Jenrart lutasse.
Na hora da batalha, ele entregou a espada ao cavaleiro de Jenrart. A espada do nobre jenrart ganhou a luta. Jenrart então utilizou-a em todas as suas lutas e nunca mais perdeu. O nobre, que tinha muitas pretensões ao poder, venceu seu rei e declarou-se líder-rei das terras de Literatura. Despois de sua subida ao poder, Jenrart resolveu pagar tudo a Grand Leon, colocando-o em seu palácio, como ministro.
Aos 40 anos, Grand Leon, um ferreiro-artesão, plebeu, se tornava ministro de estado. Era um dos poucos amigos de Jenrart e todo o reinado simpatizava aos dois. Jenrart se impressionava com tanta sabedoria saindo de um simples plebeu.
Quando Jenrart morreu não deixou descendentes. O povo então aclamou por Grand Leon para que fosse o novo líder-rei das terras de Literatura. Grand Leon lembrou de seus grandes sonhos de criança e viu que os tinha cumprido, mesmo que não tivesse sido rei. Grand Leon não quis ser rei e ainda se absteve de qualquer escolha sobre este assunto."




Só para mostrar como nossos sonhos não deixam de existir, que a procura pela vida é mais simples do que sua racionalização e que as pessoas podem ser ajudadas de formas diferentes.

Bom proveito.

sábado, 7 de julho de 2007

Outono - Inverno

Primeira postagem de blog é assim:
Você, depois de ter pasado por uma maratona de detalhes sobre conta e html tem que fazer a primeira postagem; você se sente esgotado, com uma fadiga mental estranha e, nessas horas, a inspiração vem. Vejamos, então:

Outono - Inverno

"Inverno parece incomum
às vezes só mais um
mas, em seus amores,
mesmo sem flores,
encontra-se finas chuvas
percorrendo as ruas
atrás de seu nome
Outono é diferente,
mexe com a gente
faz tudo acontecer de repente
ainda que o mundo esteja à frente
e nos faz padecer, crentes
de que o futuro possa ser decente
Porém, se outono e invernos fossem parecidos,
Tudo isto seria irreal,
não poderíamos ficar juntos
não poderíamos percorrer o mundo
não seríamos os únicos
a viver sem um rumo
Bom! Não o são.
E isto basta."

Passem bem.