segunda-feira, 30 de julho de 2007

Conjunto dos reais

"Por que não posso ter um mundo de plástico?
Por que não posso ter um pedaço da lua?
Por que não posso passear na rua?
Por que não posso ser um mágico?

Por que não querem um mundo bonito?
Por que não ajudam para sermos felizes?
Por que não dizem as diretrizes?
Por que não fazem do irreal divertido?

Queria respostas para este infinito,
pensava que vós evoluísseis,
loucura que não queiram ver o lindo.

Dura é a vida nua,
aquela em que vivemos do prático,
estando por atrás de máscaras, o espírito."

Pena que, mesmo com tantas mensagens bonitas hoje em dia, esta só vai adicionar este dicionário, mas não vai adicionar ninguém ao mundo dos imaginários.

sábado, 28 de julho de 2007

Semplicemente

Arriscando uma crônica.

"Um menino, à beira de seus 10 anos, pergunta à mãe:
-Mãe, o que é Deus?
A mãe responde com surpresa:
-É algo que ninguém conseguiu explicar.
O menino a olha, insatisfeito:
-Mas se ninguém consegue explicar, por que fazem guerras pelo nome dele?
A mãe, perplexa com tal pergunta (ela já devia estar acostumada, afinal, a racionalidade não-viciada é a mais inteligente) e diz:
-Porque deus é bom - e pensando dar um ultimato, continua - e as pessoas são más.
O menino esboça uma cara de choro, dizendo:
-Mas eu achava que era uma pessoa também...
A mãe, já inconsolável com tal erro de pensamento, remenda:
-Existem pessoas boas também, meu filho - e pegando-o pelos braços - o que importa é o que elas fazem pelo seu mundo e eu sei que o meu garotinho não faz coisas ruins para os outros.
No momento em que termina os dizeres, seus olhos se enchem de lágrimas.
O menino, arrependido da primeira pergunta, resolve que não machucará ninguém, como um pacto inocente de qualquer criança pura. Ele entendera Deus.

Dias depois, a mãe já esquecida do acontecido, continua sua vida, simplesmente.
O menino cresceu muito, inacreditavelmente não notamos neste mundo.
Comumente, brinca com todos os outros meninos e brinca feliz, sempre acompanhado de um vento que o protege."

Simplesmente, a equação do mundo.

sábado, 21 de julho de 2007

Sensações

Tropeçando
"Ao caminhar do leve vento
Sinto passar de repente
Aquela mensagem na mente:
A sensação do momento

Enquanto não há mais tomento
Me entrego lentamente
Ao seio dormente
Do qual começa o firmamento

Mesmo saindo do relento
Sinto-me fumaça golfante
Em suma, enojante

E tu cresces vendo o semblante
Daquele que vê o céu transpirante
Nunca deixando de ir adiante"

É, mesmo sentindo-se nada, é possível SER algo bom sempre.

Erro interno
"Ainda que o mundo por nós rodeado
Fique assim abismado
Por tal blasfêmia por nós cometida
Ainda seremos a flor mais querida

Mesmo que que tu esteja acabado
Por tudo estar errado
Veremos a Margarida
Sentindo e sendo sentida

É, amigo, não fique magoado
Ela não quer o mal semeado
Ela apenas sente que fizeste algo

Por isso olhe a lua
Diga-me então que não está nua
Esta tua vergonha descabida"

Desculpe se errei.

Ode ao tempo
"Era o tempo correndo aflito
Cumprindo seu compromisso
Nunca sendo omisso
Assoviando sempre seu apito

Ao silvo do maquiavélico apito
Vejo aquilo quebradiço
Mesmo sendo ouro maciço
Entendendo que o valor é maldito

Mas cuidado! Toma conta do que é teu
Por que o tempo não pára
Ele segue sempre o destino

Ao passo marcado, o desatino
Os passos soltam ruídos, Clara,
E o tempo não sabe que você o esqueceu"

É o tempo.

sábado, 14 de julho de 2007

Sonhos

Ao invés de um poema, hoje vou postar um conto.

"Um pequeno jovem, Grand Leon, tinha grandes sonhos. Pensava em ser rei, mas não um rei qualquer, ele queria para ajudar a todos, assim como queria ter um companheiro fiel a quem pudesse ajudar a realizar seu sonho.
Foi crescendo e logo viu que era impossível. Logo Grand desistiu do seu sonho e pôs-se a ser ferreiro, assim como seu pai. Ele era muito bom nas habilidades manuais e rapidamente se tornou o melhro ferreiro do reino.
Certa vez, houve um grande duelo marcado por dois nobres de sua cidade em nome da honra. Como ele era o melhor ferreiro conhecido, foi encumbido de fabricar a espada para que o nobre Jenrart lutasse.
Na hora da batalha, ele entregou a espada ao cavaleiro de Jenrart. A espada do nobre jenrart ganhou a luta. Jenrart então utilizou-a em todas as suas lutas e nunca mais perdeu. O nobre, que tinha muitas pretensões ao poder, venceu seu rei e declarou-se líder-rei das terras de Literatura. Despois de sua subida ao poder, Jenrart resolveu pagar tudo a Grand Leon, colocando-o em seu palácio, como ministro.
Aos 40 anos, Grand Leon, um ferreiro-artesão, plebeu, se tornava ministro de estado. Era um dos poucos amigos de Jenrart e todo o reinado simpatizava aos dois. Jenrart se impressionava com tanta sabedoria saindo de um simples plebeu.
Quando Jenrart morreu não deixou descendentes. O povo então aclamou por Grand Leon para que fosse o novo líder-rei das terras de Literatura. Grand Leon lembrou de seus grandes sonhos de criança e viu que os tinha cumprido, mesmo que não tivesse sido rei. Grand Leon não quis ser rei e ainda se absteve de qualquer escolha sobre este assunto."




Só para mostrar como nossos sonhos não deixam de existir, que a procura pela vida é mais simples do que sua racionalização e que as pessoas podem ser ajudadas de formas diferentes.

Bom proveito.

sábado, 7 de julho de 2007

Outono - Inverno

Primeira postagem de blog é assim:
Você, depois de ter pasado por uma maratona de detalhes sobre conta e html tem que fazer a primeira postagem; você se sente esgotado, com uma fadiga mental estranha e, nessas horas, a inspiração vem. Vejamos, então:

Outono - Inverno

"Inverno parece incomum
às vezes só mais um
mas, em seus amores,
mesmo sem flores,
encontra-se finas chuvas
percorrendo as ruas
atrás de seu nome
Outono é diferente,
mexe com a gente
faz tudo acontecer de repente
ainda que o mundo esteja à frente
e nos faz padecer, crentes
de que o futuro possa ser decente
Porém, se outono e invernos fossem parecidos,
Tudo isto seria irreal,
não poderíamos ficar juntos
não poderíamos percorrer o mundo
não seríamos os únicos
a viver sem um rumo
Bom! Não o são.
E isto basta."

Passem bem.