quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O direito ao grito

Os bebês choram, depois gritam, depois choram e gritam. Crescemos e ficamos com o conceito de que isto é coisa de criança. Então calamo-nos e escondemos o choro; a vida começa a parecer sem graça, e a cada coisa nós não discutimos, ou, se discutimos, não vamos à frente e deixamos de lado, desistimos.

Poder gritar não é um direito. É um dever.

Chorem, gritem e reclamem, e então vão sentir que estes preconceitos vão embora e a vida vai se tornando plena novamente.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Voando baixo

Foi duma nuvem que ela caiu
Tinha se machudado e ria
Não sei se ria da porta que abriu
Não sei se ria do que não queria

Soltou asas e pouco conseguiu
Está conosco, é o nosso dia
Vamos celebrar uma vinda do céu
A estréia de uma nova via

Fez estradas a locais importantes
Corações, mentes, braços
Ensinados a voar

É, siga em em frente, ao mar
foram reservados tempos
Aos sábios, curar amigos distantes

Parabéns à bananinha, ela sabe o que faz.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Inocência

A inocência é brilhante
É ver fantasmas onde não há luz
É correr descalço pela lama
É segurar o braço que nos conduz

É ter cuidado apavorante.
É comer pelos olhos,
Sentir a quem se ama
E brincar com os ouvidos.

Quantas maneiras há de engrandecer a alma
sem maldade?
E quantas outras, sem uma perda inicial?

Inocência é mais que lealdade.
Inocência é primordial
É dom que se tem e não se perde, apenas atrofia.

Ah, quem me dera ter aquela inocência.