sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Eu quando eu te segurar em meus braços!
Eu verei água parada nos teus olhos
Serei uma gota de movimentação
Nos teus versos estáticos

E quando eu tocar teus lábios
O seio da terra verteria vida
E o mundo se tornaria completo
De água

E a chuva caia
E os rios estremeciam
O mar quieto

E a paz tomou conta de nós dois novamente
Sem que fosse preciso de matarmos nossa sede
E um sono como maresia tomava conta das nossas pápebras

Um dia eu vou enteder o que eu escrevi.

sábado, 25 de outubro de 2008

Dignidade

Ela tinha caído do céu. Teriam lhe expulsado por pecado? Ou por inveja?
E do chão vinha a mãe natureza, dizendo que era impossível anjos voarem. Eles nem são aves, dizia.
Por que não podemos imitar os pássaros? E por que a anja não podia simplesmente ter escorregado?
E uma ciranda me atormentava a cabeça.
Tudo girando.
E sozinho.
E ela ali, tão perto. Ah, tão longe.
Dois mundos diferentes.
E desejei-a. Queria muito, mas ela nem notava.
E eu, intocável, procurava fugir de mim mesmo,
fugia de algo que eu não sei dizer.

Maldita insegurança! Fiel aos seus erros.
Um dia eu mudo.
Até lá ela vai ter se recuperado e voltado à sua origem natal.
E logo perdi.
Queria mudar agora!
Parece desespero,
Mas é só falta de dignidade.

E a solidão é o meu pior castigo.

domingo, 19 de outubro de 2008

Subjetivismo sacal!
Por que não começa logo a existir?
Os pássaros são sempre os mesmos
O sol é sempre o mesmo
Alguma coisa há de mudar?

Só sei que nada sei
E nesse universo sem fim
Nada posso dizer
Porque nada existe

Cito as coisas que vejo como se fossem minhas
E continuo a sonhar com coisas irreais
E os outros, ah, os outros
Continuam a viver sem preocupação
Felizes de trilharem um caminho

E a poesia?
E a prosa?
E a alegria?
E a morte?
E a vida?
E o poder?
E então?

Seguir, seguir, seguir...

Até tenho vergonha do escrevo às vezes.