quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Davos

Em uma terra distante
Cercada por águas sujas
Inacessível aos mortais
O monte Olimpo se erguia

O monte fora erguido para deleite dos deuses
Se reuniam periodicamente
Seus afazeres eram decidir
Executar a sangue frio
Mais dores nos humanos aflitos
Que ao pé e ao cabo,
Lhes ofereciam infinitas oferendas

Vez em quando, semi-deuses
Como que pra provar que tinham direito
Aos pequenos poderes concedidos
Depois de conseguirem subir a humanamente inacessível montanha
Voltavam para a terra e para os infernos
Com 12 missões incríveis

Algumas tarefas eram inglórias
Tinham de descabeçar a previdência
Renegar o direito a renda
Financiar a guerra
Administrar a venda
Do pouco que os humanos ainda tinham

Os deuses querem ser donos dos destinos
Os deuses querem o poder do destruidor
Os videntes diziam apenas as verdades inventadas
E os oráculos ficavam cada vez mais poluídos com as constantes mentiras

Quando Sócrates se rebelou e renegou o poder dos deuses
Denununciou o poder do Olimpo
Foi morto e sacrificado
Através da histeria coletiva
Que os deuses incitaram nos humanos

E 2400 anos depois, ninguém mais conhece os deuses
Mas todos lembram de Sócrates
Os deuses foram mortos
Sócrates eternizado

No momento que o Olimpo domina a população
Os humanos têm de lembrar
Que apenas a eles, lhes foi dado o poder de decidir os destinos
E que apenas eles podem escolher pra quem entregar os destinos

Cortem-lhe a cabeça
Ponham uma cabeça de dinossauro
No lugar