quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Do caminhar eu via uma luz
Algo que não sei bem ao certo dizer
Talvez fossem meus olhos
Talvez fosse teu sorriso

Mas meu caminho estava longe
Apenas imaginava-os se cruzando
E as nuvens andando sobre nós
Faziam do sol um festa

E a escita se desenhava sozinha
Porque eu não estava nem ali nem aqui
Eu, eu estava
Nos campos de morago para sempre

Êxtase
E pulsa tão forte
E o mar me entra aos olhos
Entrentanto, ele invade mesmo é teus cabelos

E eu que não vou ter tempo de te entregar
Que pena
Não poderei ser teu mar
Um pessimismo me toma conta
O vento sempre sopra forte
Os trovões são tão assustadores
Será que por mais uma vez ainda te verei?

E essa conversa fiada não me responde
Fico a ver navios
Meus pulmões estão fartos de tanto lutar
Os músculos não respiram mais
Me sinto tão fraco

E sou forte
Quantos mais se atreveriam a ser teu mar?


Não é que ela não recebeu mesmo?

domingo, 21 de setembro de 2008

Não é de amor

Ai, que da vida sentir um doce perdão
Não é mesma coisa que ter a mão
Andar sem refrão
Com o vento ao nosso lado

Que é de amor que morre o coração
Sem poder ver-te, pesado,
Bate rápido
Por teus olhos instigantes

Mas de amor não falo mais
Falo da submissão, da servidão
Do entregue corpo ao seu alento

Quero das estrelas,
O mesmo que quero de ti:
Ver-te brilhar distante, bela, sem mais tocar em ti.

Nem eu agüento minhas palavras às vezes.

sábado, 13 de setembro de 2008

Permissividade

A idéia é a mesma
Ser tu mesmo
E a vida, como fica?
Poderia eu chorar milhões de rios?
Poder físico eu tenho, me falta o poder autônomo!

Ora, se o coração pulsa
Os olhos marejam
Por que não se jogar na emoção?

Mas vida continua
As paredes continuam erguidas
E o trabalho há de ser feito

Confusão?
Sim,
Por que me falta, permissão

Distância

E daí se a inspiração vem de longe?
E se os livros não me acompanham mais?
Se a língua se perde pelos cantos?

Quero que meus cantos vão para bem longe
Perto do meu bem querer
Quero um bem querer mais perto
Tão perto quanto eu de mim

Quero um amor de mentira
Pra quando acordar, ver a derdade
Da ilusão criada vem a saudade
Espanto!, minha cara

Se pode um coração de velho amor novo receber
Então desejo a divindade dos olhos esculpida
Vermelho, branco e felicidade
São as cores do amor

Sim, ela existe, e talvez possa estar perto?
Será o início ou um fim?

Uma hora vem, mais.
Meus versos não estão ao vento
Mas estão ao coração.