sábado, 26 de abril de 2008

Por que a solidão me mata assim?
Será que não tem pena?
Será vaidade seu problema?
Que seu querer é dominar em mim?

Carinho, Afeto, Compaixão,
haverá dor tão forte
quanto esta dor de morte
que trago no coração?

São momentos de solidão,
que mostram a face do ser
ao ser próprio

Espelho simplório
da olhar imortal de ser
vida, pois, paixão.

Ah, como amo escrever sonetos.

Tempo moderno

Fugaz este tempo que desaprece
E reaparece e some
Subtrai e nunca adiciona
Finge não escutar a prece

Uns com tanto não sabendo usar,
outros com tão pouco e querendo aprender
outros que, sabendo usar, não usam
e todos em busca de mais

Ah, que tempo pode suprir esta necessidade
de sobra de tempo
o tempo é para todos e infinito

Mas melhor usá-lo de pouquinho
porque dele se faz vento
ou tempestade.

domingo, 20 de abril de 2008

Uma menina
caminhou por belos campos
conheceu gente boa,
gente bonita,
gente ruim.
Criou sua própria energia,
virou mulher.

Ela cresce e floresce
a cada dia,
e só nota sua beleza,
quem vê o crescimento
de linda grama em minuto.

Ela é culta, esperta.
Ela é imortal!
Não pede licença, e tal erva-de-passarinho,
enrola-se cada vez mais em nossos corações.

Ó, se fosse uma flor não sei qual seria.
Se fosse astro, seria sol, dono da vida.
Se fosse uma deusa, a adoraria.
Se fosse uma fruta, seria doce: Tanara.

Homenagem. Queria que estivesse à altura dela.

sábado, 12 de abril de 2008

Correria

Lá e cá,
Vão, voltam. Desatinam,
São andarilhos e caminham
Onde qualquer um pode andar

Escolho a quem obedeço
E escolho por causa do mundo
Liberdade, este campo imundo
Ao qual não pertenço

Liberdade! Ouvi nos corredores
Liberdade! parecia o triunfo
Que não ocorrera jamais

Correria, se fosse possível
Correria se não fosse meu próprio caminho
Por um pouco de paz

Tem de ser melhor trabalhada. Vejam como uma pedra preciosa mal lapidada.