domingo, 26 de setembro de 2010

Vento negro

Aqueles árabes
Com seus olhos de águia
Brilhavam no horizonte
A procura de ouro

Aqueles brancos
Com suas espadas de fogo
Que vinham de longe
Querendo-me o sangue

Vento negro
Sopra nos meus ouvidos
Conta tudo o que vai acontecer

Aquele povo amerelo
De sorriso singelo
Que vive como formiga
Trabalhando pra construir vida

Aquele povo negro
De força estupenda
Rico por natureza
Querendo vencer

Vento negro
Torna o mundo colorido
Que eu quero viver

Aquele povo mestiço
De rosto sempre alegre
Mescla todos os sentidos
Faz da arte, modo de viver

Vento Negro
Dança comigo
Que eu quero esquecer

Onde estão?

Olho pros lados
Mas só vejo a luz do sol
Tento correr, dou voltas, erro, me esborracho
E continuo sozinho

Em cada momento aparece um
Que se vai quando passa oportunidade
Quando é pra sempre?
Onde está a lealdade?
Onde está a vontade de se conhecer?
E de viver junto?
De compartilhar, de trabalhar, de saber?
De escutar, falar, dançar e pular?

Onde estão aqueles passeios?
Onde estão os amigos?
Onde estão?