quarta-feira, 2 de março de 2022

Nunca acaba

Da floresta dos homens esquecida
Vem o berro da dor lancinante
O passo trôpego como antes
De vida, o amor já esvaida

Queria pisar com os dois pés no ar
E voar até o fim da vida
Esquecer que já fui querida
Pelos becos de amizades de bar

Estar sozinha é procurar sumir
Eu, que não sou suficiente,
Sinto na pele do choro o ardor
 
Enquanto a mente doente
Se afasta do prazer e busca a dor
Intenciono me deixar ir

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